Desta vez, tendo entregue Apoc. 20 a um membro da equipe, fiquei livre de me pronunciar sobre o velho problema do milénio! Alguns anos atrás mudei de «a-mil...» para «pré-mil...» - mas, sinceramente, o debate já não me parece tão importante - facto este que a minha última turma no Seminário a tratar da escatologia deve ter percebido!
Mas, agora, Apocalipse 21! Fala sobre uma cidade que de Deus desce para a terra (v.2). Fala sobre a transformação de todas as coisas - «novos céus e nova terra em que mora a justiça». É o último e supremo cumprimento do propósito de Deus para o universo que criou: nenhum «a-m...», «pré-m...» (histórico ou dispensacionalista) ou «pós-m...» pode negar este facto central da esperança do cristão para o futuro. É tão central para a Bíblia como o é a doutrina da ressurreição do corpo, ensinada em João e nas epístolas de Paulo, em cumprimento das promessas do V.T.
As implicações ecológicas desta promessa são espantosas. Só se consegue explicar a indiferença histórica dos cristãos a problemas ambientais por uma miopia grave generalizada relativamente a esta doutrina bíblica.
Quando vamos ver hinos e cânticos nas nossas colectâneas, vemos os sinais mais flagrantes desta miopia secular, resultado naturalmente da infiltração de ideias gregas na doutrina cristã. Praticamente todos os hinos do Cantor Cristão e o Hinário para o Culto Cristão, por exemplo, falam como se a suprema esperança do cristão fosse a ida da sua alma para morar eternamente no céu (a fase que a teologia chama apenas a intermediária). Chegam ao ponto de lamentar o nosso apego às coisas belas da criação de Deus!
E nesta área os coros mais novos pouco ajudam. Inovadores na sua melodia e ritmos, muitas vezes são tradicionalistas e limitados no seu conteúdo.
Onde se encontram ecos, no suspiro do cristão para o cumprimento de todas as coisas, das palavras de Paulo... que diz que não desejava ser despido mas revestido (2 Cor. 5:4) para que o mortal fosse absorvido pela vida?
Sem comentários:
Enviar um comentário