Espiritualidade a baixo preço…
Mar 11:15 Chegaram, pois, a Jerusalém. E entrando ele no templo, começou a expulsar os que ali vendiam e compravam; e derribou as mesas dos cambistas, e as cadeiras dos que vendiam pombas;
Mar 11:16 e não consentia que ninguém atravessasse o templo levando qualquer utensílio;
Mar 11:17 e ensinava, dizendo-lhes: Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todas as nações? Vós, porém, a tendes feito covil de salteadores.
Mar 11:18 Ora, os principais sacerdotes e os escribas ouviram isto, e procuravam um modo de o matar; pois o temiam, porque toda a multidão se maravilhava da sua doutrina.
Espiritualidade
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Dimensão da pessoa humana que traduz, segundo diversas religiões e confissões religiosas, o modo de viver característico de um crente que busca alcançar a plenitude da sua relação com o Transcendente. Cada uma das referidas religiões comporta uma dimensão específica a esta descrição geral, mas, em todos os casos, se pode dizer que a "espiritualidade" «traduz uma dimensão do homem, enquanto é visto como ser naturalmente religioso, que constitui, de modo temático ou implícito, a sua mais profunda essência e aspiração» (Ref. George Brown - "Spirituality: history and perspectives").
O leitor entende que o seu envolvimento no culto público deve ser cada vez mais facilitado, «rentabilizando» o tempo de maneira a poder cumprir cada vez mais obrigações religiosas em cada vez menos tempo?
Aprecia pregadores ou pastores «abertos» que não se queixam perante os seus lapsos e descuidos, a sua falta de pontualidade e a sua falta de reverência nos actos religiosos, tentando ser o mais «facilitadores» possível?
Prefere um ambiente religioso que o faça «sentir-se bem», e que atrai muitos visitantes, em comparação com um em que o pregador o «incomoda» com temas como o pecado e o arrependimento – temas estes que podem fazer com que não se sinta tão bem?
Acha que uma pessoa que agisse no espírito deste jovem rabí teria alguma razão para denunciar atitudes no movimento evangélico actual que denotam um espírito comercial?
Mal 1:1 A palavra do Senhor a Israel, por intermédio de Malaquias.
Mal 1:2 Eu vos tenho amado, diz o Senhor. Mas vós dizeis: Em que nos tens amado? Acaso não era Esaú irmão de Jacó? diz o Senhor; todavia amei a Jacó,
Mal 1:3 e aborreci a Esaú; e fiz dos seus montes uma desolação, e dei a sua herança aos chacais do deserto.
Mal 1:4 Ainda que Edom diga: Arruinados estamos, porém tornaremos e edificaremos as ruínas; assim diz o Senhor dos exércitos: Eles edificarão, eu, porém, demolirei; e lhes chamarão: Termo de impiedade, e povo contra quem o Senhor está irado para sempre.
Mal 1:5 E os vossos olhos o verão, e direis: Engrandecido é o Senhor ainda além dos termos de Israel.
Mal 1:6 O filho honra o pai, e o servo ao seu amo; se eu, pois, sou pai, onde está a minha honra? e se eu sou amo, onde está o temor de mim? diz o Senhor dos exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome. E vós dizeis: Em que temos nós desprezado o teu nome?
Mal 1:7 Ofereceis sobre o meu altar pão profano, e dizeis: Em que te havemos profanado? Nisto que pensais, que a mesa do Senhor é desprezível.
Mal 1:8 Pois quando ofereceis em sacrifício um animal cego, isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou o doente, isso não é mau? Ora apresenta-o ao teu governador; terá ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa? diz o Senhor dos exércitos.
Mal 1:9 Agora, pois, suplicai o favor de Deus, para que se compadeça de nós. Com tal oferta da vossa mão, aceitará ele a vossa pessoa? diz o Senhor dos exércitos.
Em que medida aceita os argumentos usados a favor de certas práticas no meio cristão, que são essencialmente comerciais: «dá resultado ..... as pessoas gostam.... as igrejas que fazem assim têm um grande crescimento numérico»?
Mal 1:10 Oxalá que entre vós houvesse até um que fechasse as portas para que não acendesse debalde o fogo do meu altar. Eu não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos exércitos, nem aceitarei oferta da vossa mão.
Mal 1:11 Mas desde o nascente do sol até o poente é grande entre as nações o meu nome; e em todo lugar se oferece ao meu nome incenso, e uma oblação pura; porque o meu nome é grande entre as nações, diz o Senhor dos exércitos.
Mal 1:12 Mas vós o profanais, quando dizeis: A mesa do Senhor é profana, e o seu produto, isto é, a sua comida, é desprezível.
Mal 1:13 Dizeis também: Eis aqui, que canseira! e o lançastes ao desprezo, diz o Senhor dos exércitos; e tendes trazido o que foi roubado, e o coxo e o doente; assim trazeis a oferta. Aceitaria eu isso de vossa mão? diz o Senhor.
Mal 1:14 Mas seja maldito o enganador que, tendo animal macho no seu rebanho, o vota, e sacrifica ao Senhor o que tem mácula; porque eu sou grande Rei, diz o Senhor dos exércitos, e o meu nome é temível entre as nações.
Malaquias é escrito já no pós-exílio (cerca de 100 anos após o retorno dos judeus à Palestina), estiveram cerca de 70 anos debaixo do domínio da Babilónia e após esse período houve uma mudança radical na cultura judaica que até aí eram uma comunidade agro-pastoril, pois froam expostos a uma cultura completamente diferente, aliás era essa mesmo a intenção do império Babilónico.
É aí que este livro de Malaquias é escrito e de certa forma isso é o que nos acontece hoje. Estamos expostos a uma cultura globalizada que nos esmaga muitas vezes e nos pressiona de uma maneira tremenda. A informação chega de qualquer lugar do mundo a qualquer lugar do mundo em instantes. Por isso nós estamos expostos a uma cultura global. Hoje temos a Internet, os telefones móveis, falamos para qualquer lugar do mundo a qualquer hora em instantes, enviamos ficheiros, fotografias, “quase” em qualquer lugar do mundo. A chamada experiência televisiva está a mudar o paradigma, dentro de algum tempo (muito pouco aliás) vamos ver televisão onde quisermos, os “nossos” programas, a televisão feita à medida de cada um, e a interactividade já chegou à televisão.
A igreja sofre também o impacto da cultura e das pressões e isto reflecte-se na vida espiritual e no comportamento religioso dos nossos dias. A igreja nos nossos dias tornou-se utilitarista, ou seja, funciona quando tem para nós uma utilidade, um fim a atingir.
O “Homem” dos nossos dias vive o desencanto, a nível humano, a nível profissional, a nível político, a nível relacional… parece que tudo falhou e aí começamos a viver mais no sentido prático, viver a vida da melhor maneira possível, deixamos de lutar, e vivemos o cristianismo (a vida cristã) da mesma forma. Queremos aquilo que nos dê satisfação imediata e a um custo o mais baixo possível, com menos problemas possível, menos dificuldades. Então tudo o que nos traga o melhor é bem-vindo.
Passamos a funcionar numa relação cliente-fornecedor. Deus é o fornecedor e nós os clientes, e hoje em dia vemos cada vez mais o povo de Deus a comportar-se como meros clientes. E qual é a lógica do cliente, o cliente procura o melhor serviço pelo menor preço, com melhor conforto, com melhor acessibilidade.
Para quê oferecer o melhor para Deus, se eu posso oferecer qualquer coisa. No V.7-8 do capítulo 1 de Malaquias temos exactamente esta ideia de que Deus como fornecedor dava o que precisavam e aí davam o mínimo para Deus. Perderam o sentido relacional de Deus como Pai, como Senhor.
As pessoas de hoje em dia também não conhecem mais o coração de Deus como Pai. Têm uma visão de Deus como utilitário, Ele é uma “força” que nos proporciona aquilo que necessitamos em troca de um culto meramente “religioso”.
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