21 fevereiro 2009

2 jumentos... 200 pães... 100 cachos de passas... 100 frutas de verão ... 1 odre de vinho.

2 Samuel 16:1-4.

Quem está a fugir, e numa viagem bem árdua que passa por cima de um monte, pode achar que um presente deste tipo vem mesmo a propósito!

Mas há presentes e presentes. Vieram-me à mente quatro tipos de presentes, no mínimo, e a mensagem que cada um pretende transmitir. Todos eles são símbolos. Em escala descendente, as suas mensagens são assim:
Presente tipo (1) diz: «Eu gosto de ti».
(2) diz: «Eu queria conhecer-te melhor».
(3) diz: «Eu quero que também me dês alguma coisa».
(4) diz: «Eu quero pôr-te do meu lado numa disputa em que estou envolvido».

Vivemos numa cultura em que é bem conhecido o fenómeno da corrupção. O presente (3) e o (4) incluem-se nesta categoria. Provérbios 17:23 diz: «O ímpio tira o presente do seio, para perverter as veredas da justiça».
Quando Ziba, o servo de Mefiboseth (filho adoptivo de David) aparece, perto do cume do Monte das Oliveiras, com essas iguarias todas para o rei e os seus acompanhantes, o momento é muitíssimo bem escolhido. Mas..... Ziba também faz queixa do seu senhor e atribui-lhe falsamente a intenção de ter ficado em Jerusalém para vir a ser rei. Estamos claramente no terreno do (3) e do (4)! Trata-se mesmo de um «presente envenenado».

E David exausto, e com o discernimento e capacidade crítica muito reduzidos, deixa-se enganar.

No ministério pastoral, já recebemos «presentes» que, pelo menos avaliados a posteriori, parecem ter tido intenções do tipo (3) e (4). Isso podemos nem sempre conseguir evitar... podemos vir a perceber a verdadeira intenção só depois. Mas, se percebemos na altura, devemos recusar-nos a aceitar.

O mais importante que temos que cuidar é a análise dos nossos motivos em dar prendas aos outros - e mantermo-nos sempre claramente dentro dos parámetros do (1) ou do (2).

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